As faixas exclusivas de ônibus são uma política pública consolidada nas principais capitais do país.
Elas têm se mostrado uma das soluções mais eficazes para enfrentar os desafios da mobilidade urbana — mas Florianópolis segue ignorando essa realidade, mesmo diante dos inúmeros benefícios comprovados.
Nos locais onde foram implantados, os corredores exclusivos reduziram pela metade o tempo de deslocamento dos ônibus. Isso significa mais qualidade de vida para a população que depende do transporte coletivo diariamente. Com o fluxo contínuo e previsível dos ônibus, mais pessoas se sentem incentivadas a deixar o carro em casa, contribuindo para a diminuição do trânsito e da emissão de gases poluentes.
Além disso, menos congestionamentos significam também mais agilidade para o transporte de mercadorias, o que reduz o custo do frete e fortalece a economia local. É uma solução inteligente, sustentável e que atende diretamente às necessidades da maioria trabalhadora da nossa cidade.
É nesse sentido que, como vereadora e deputada federal, encaminhei ofícios ao Governo do Estado de Santa Catarina — responsável pela SC-401, a rodovia estadual mais movimentada do estado — e à Prefeitura de Florianópolis, solicitando que a terceira faixa atualmente em construção seja destinada a um corredor exclusivo de ônibus.
Está mais do que provado que abrir novas pistas para carros não resolve o problema do trânsito. Pelo contrário: priorizar o transporte individual é insistir em um modelo ultrapassado, excludente e insustentável.
Florianópolis precisa mudar de rota. O futuro da mobilidade urbana passa pelo transporte coletivo — e ele deve ser prioridade absoluta.
